tag:blogger.com,1999:blog-77916956379933290592024-02-06T22:05:52.422-08:00BrilhanteComo um sorriso de morena.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-37990702892532991142011-07-06T12:04:00.000-07:002011-07-06T12:06:58.013-07:00Crônica<p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; ">As mentiras que os homens contam</p><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: center;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; ">(para si mesmos)</p><p class="MsoNormal" align="center" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt; text-align:center;line-height:150%"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; "><span style="mso-tab-count:1"> </span>Serje conhecia Nelice desde criança; e desde criança a amava. Um daqueles amores inexplicáveis que a gente ouve falar e não acredita. Só que Serje era um menino muito tímido e não reunia coragem para se declarar para Nelice.</p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Dia após dia, Serje sofria com sua timidez. Tinha receio em acordar pela manhã, se arrumar e ir para a escola, pois, lá, encontraria Nelice. A linda e intocável Nelice. Mas, uma manhã, Serje acordou mais cedo que o habitual. O menino, então, se ajoelhou na cama e contemplou a janela; tentava ver a roda mestre do mundo, como as coisas funcionavam e como tudo parecia fazer um sentido. Assim, tomou uma decisão; arrumou-se e foi ao colégio, como todos os dias.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ao chegar em casa, depois da aula, tinha um sorriso inexplicável no rosto. Sua mãe notou isso; a mãe de Serje, como todas as mães dedicadas, notava os menores detalhes nas feições do filho. Intrigada por aquela expressão, que vinha do começo da tarde até a hora de dormir, quando ela beijava sua testa com todo amor que uma mãe pode dar, ela não agüentou e perguntou “filho, por que você está exibindo esse sorriso satisfeito desde a hora que chegou em casa?”. Serje, muito confiante, respondeu “é porque estou namorando a Nelice, mãe”. A mãe, espantada, ficou sem palavras; seu filho, tão menino, namorando. “Eu a amo, mãe”, ele falou. Ela, então, olhou serenamente para ele, deu um sorriso, e disse para ele ir dormir e tomar cuidado com o que sentia. Mas, Serje sabia bem o que estava fazendo.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os dias se seguiram, Serje sempre de sorriso satisfeito no rosto. Os anos se passaram e seu sorriso continuou ali, pois ele namorava Nelice, a sua amada. Alguns homens apareceram na vida de Nelice; se Serje sabia? Sim, pois ele não a perdia de vista. Só que ele não se incomodava, pois o seu amor era maior que tudo. Nunca sentiu necessidade de colocar-lhe uma aliança no dedo e, sempre prometera a si mesmo, no seu íntimo “serei fiel até a morte”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Os amigos de Serje não compreendiam seu sentimento, diziam que ele louco por amar uma mulher assim, que parecia nem notar sua existência. Entretanto, Serje não os ouvia. As vozes dos seus amigos não entravam por seus ouvidos, ribombavam nas paredes do seu quarto branco, no fundo da sua cama de ferro frio e escorriam pelas mangas longas de sua camisa; mas, nunca, entravam nos ouvidos de Serje.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Enquanto assistia TV com seus amigos na cafeteria, ele recebeu a notícia: Nelice havia sido atropelada. Ele não precisou ouvir o nome dela na chamada, somente o close do camera-man nos sapatos daquela que já parecia morta, estatelada no chão da rua. Os sapatos que ele conhecia de cor, de tanto olhá-los.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ensandecido, louco, Serje correu pelos corredores diante. Muitos o observavam sem entender o que estava acontecendo; homens corriam atrás dele, tentando pará-lo, para que ele não cometesse nenhuma loucura. Então, viu o portão fechado. Olhou para os lados, estava cercado. Totalmente preso.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; ">* * *<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align: justify;margin-bottom: 0.0001pt; line-height: 150%; "><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Serje está sentado no seu quarto branco, ajoelhado. Nesse quarto não há uma cama; ele tem que dormir no chão. Isso se ele conseguisse dormir.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Olha para fora, tenta chamar a atenção do homem que vigia sua porta. Mas, não consegue; suas mãos estão presas atrás das costas, não há como bater na porta; seus gritos também são inúteis.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>O que mais o incomoda é o fato dali não haver uma janela, sua janela. A janela por onde ele pode observar o mundo lá fora, ver a casa dela, seu sorriso, seus sapatos.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Parado ele fica. Um homem vestido de branco, de aparência amigável, entra na sala e dá-lhe alguns comprimidos. Ele, aos poucos, vai adormecendo. Enquanto ainda está consciente, implora “por favor, me deixem ir ao velório dela”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Então, o homem, calmamente, se levanta. Ele observa Serje sucumbindo aos efeitos do medicamento e, enquanto sai do quarto, diz, com um misto de ternura e pena, “não se preocupe, eles não sentirão sua falta no velório”.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><span style="mso-tab-count:1"> </span>“Afinal, você nunca a conheceu”. </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align: justify;line-height:150%"><o:p></o:p></p>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-84728308634272400562011-04-05T19:32:00.000-07:002011-04-05T19:35:40.475-07:00Tempo para issoA moça me parou, no meio da rede, da noite, e perguntou, como quem não quer nada, mas, ao mesmo tempo, tudo: - Porque tanto ponto, tanta vírgula, tanto ponto e vírgula? <br /><div align="center">.;. </div><br /><div align="justify">- É, para, te, fazer, respirar.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Querida.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-89487917312011689372011-02-05T21:01:00.000-08:002011-03-13T18:48:38.843-07:00Timidez<em><span style="font-size:78%;">Samba em Em</span></em><br /><br />Perdi e não joguei<br />Fiquei parado e voltei<br />caí numa armadilha que eu mesmo me armei<br /><br />Desejei e não satisfiz<br />na tua vontade fiquei<br />parado, desajeitado, fiz mesmo que não olhei<br /><br />A verdade é que não suporto<br />viver nesse meio mundinho<br />no qual meu conforto incomoda<br />e não me deixa dormir<br /><br />e, para mim,<br />cada dia se parece mais difícil<br />Não sei acabar com isso<br />viver está se tornando radiotivo.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-71219913264203505822010-10-26T19:32:00.000-07:002010-11-10T05:41:40.904-08:00O Agente DuploSempre em cima do muro, em cima da corda, no meio do mundo. Parece desafiar as leis da física, pertencendo a dois espaços ao mesmo tempo.<br /><br />Servindo a dois senhores, dois ideais, duas nações, eis o nosso agente duplo homem de lugar nenhum, mas pertencente sempre a dois lugares ao mesmo tempo.<br /><br />Porém, quando o Dia chegar (se é que Ele já não chegou), de que lado estará? Será que algum lado o aceitará?<br /><br />Cuidado.<br />Um alvo em cima do muro fica facilmente exposto a qualquer investida.<br /><br />Caras de um lado, bocas do outro, fuzis apontados para cima, um corpo estatelado em lugar nenhum.<br /><br />Os peritos sobem para averiguar a situação e percebem: olhos vesgos.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-71764942087844634372010-10-16T07:56:00.000-07:002010-10-16T08:23:52.568-07:00Eu poderia ter sido "o" cara<div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Eu poderia ter sido "o" cara. Simples assim.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Quando você veio falar de como o mundo andava cruel com sua pessoa, com todos te pisando enquanto procuravam seu próprio lugar "ao sol", eu poderia ter sido aquele que, no meio desse burburinho e caos que mais parecia com um show do Rage Against The Machine, teria te segurado pelas mãos e pela cintura fina, impedindo que te arrastassem no meio desse maremoto de carnes e ossos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">Eu poderia ter sido "o" cara. Mas não fui.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">Não porque eu cheguei atrazado. Talvez nunca estejamos atrazados ou adiantados na dinâmica do tempo, pois ele tem seu funcionamento místico que nem mesmo entendemos. Porém, é justamente o que é místico, mágico, intangível e sobrenatural que me pegou pelos pés e deixou de pernas para o ar. É isso que faltou: o feitiço que me transformaria <em>naquele</em> cara.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">Eu, homem racional, fui pego por essas irracionalidades da vida que não dão pra entender. Baixei, então, a cabeça, derrotado pelo inexplicável e segui em frente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Times New Roman;">Eu poderia ter sido "o" cara. Vai entender porque não fui...</span></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-69843892034050583382010-09-02T07:56:00.000-07:002010-09-02T07:58:06.804-07:00(Pessoal)Não dá pra envelhecer com esse trio:<br /><br />Desenganado;<br />desencantado;<br />desencanado.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-66079338585227220252010-07-26T08:01:00.000-07:002010-07-26T08:10:20.700-07:00Escolha (a)normal<em><span style="font-size:78%;">Blues para piano, baixo e bateria. (Quem sabe um violino).</span></em><br /><em><span style="font-size:85%;"></span></em><br /><span style="font-size:85%;">Você insiste em me dizer</span><br /><span style="font-size:85%;">que quer a vida de volta ao normal</span><br /><span style="font-size:85%;">e bem ou mal, só quer saber</span><br /><span style="font-size:85%;">como agir pra isso acontecer;</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">e quer mais tempo,</span><br /><span style="font-size:85%;">mais liberdade,</span><br /><span style="font-size:85%;">pra trazer de volta o tudo</span><br /><span style="font-size:85%;">que estava ao seu redor.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Mas olhe bem, não leve a mal,</span><br /><span style="font-size:85%;">se for assim, quem sabe, eu vá desaparecer</span><br /><span style="font-size:85%;">da sua vida, do seu olhar,</span><br /><span style="font-size:85%;">até a vista, até mais ver.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Posso fazer as malas, arrumar a casa</span><br /><span style="font-size:85%;">e dizer <em>bye bye</em>, meu bem,</span><br /><span style="font-size:85%;">foi bom te encontrar.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Porém, querida, vou lhe dizer</span><br /><span style="font-size:85%;">tenho um último desejo que preciso falar;</span><br /><span style="font-size:85%;">é muito simples, pode não ser,</span><br /><span style="font-size:85%;">o que eu quero dessa vida simplesmente é você.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Com os seus vícios, suas virtudes</span><br /><span style="font-size:85%;">mesmo que isso pareça paradoxal.</span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Quero você, simples assim,</span><br /><span style="font-size:85%;">você, e nossa vida anormal.</span>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-44938110152994397082010-07-19T07:17:00.001-07:002010-07-19T07:48:15.762-07:00Feche a porta quando sairQuando entrar em casa, vai perceber<br /><br />que está pisando no teto<br /><br />que sua vida está oirartnoc oa.<br /><br />Não se enrosque nos fios<br /><br />não quebre as lâmpadas<br /><br />não suje o teto com seus pés<br /><br />não perca o presente<br /><br />e quando chegar em cima da cama<br /><br />convide a sua mulher<br /><br />a te puxar de volta pra sua vida<br /><br />ou a viver esse momento com você.<br /><br />ps.: Você vai saber que isso não é um sonho.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-16921471411263800532010-06-22T13:22:00.000-07:002010-06-24T05:39:44.121-07:00As cartas que eu não escrevi<span style="font-family:times new roman;"><em>Olá, pequena</em></span><br /><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Eu te devo um texto, uma história e uma vida. </span><br /><span style="font-family:times new roman;"></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Por enquanto, eu te dou essa carta que eu não escrevi. De pronto, eu te aviso: não sei escrever cartas; (des)aprendi na infância, não sei. Há tanta coisa que eu deixei na infância: o choro, a inocência, o desapego. Talvez por essas coisas, me disseram para voltar a ser como criança; talvez para novamente aprender a fazer cartas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Ser homem é difícil, pequena. Tomar as decisões certas é difícil. Pois, se eu tomar a decisão certa pelo motivo errado, em essência não vale nada; esse mundo já é muito carente de "essência" para que eu cometa mais esse erro nesse tempo errado e tenebroso que nos rodeia.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Eu tomei a decisão com [e por] você. Um [não] beijo, uma [não] paixão, um [não] olhar. Sou responsável por fazer o que acho certo. Pelo motivo certo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Em essência, todos estamos bem. Rimos do passado e tiramos as lindas lições, interpretações e representações que a história pode nos ensinar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Lembro que um dia você me disse que classificava teus homens em escalas. Onde eu estaria nas tuas escalas hoje? Eu não sei; mais uma vez não sei.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Uma coisa só eu tenho certeza: eu fiz o que tinha de fazer. Por isso te encontro satisfeito e com sorriso no rosto. Por isso eu faria tudo de novo.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;">Só que, dessa vez, te escreveria uma carta.</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:times new roman;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:times new roman;"><em>Natal, 2010.</em></span></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-38775237819280304062010-05-28T10:04:00.000-07:002010-05-28T10:47:55.213-07:00Todo Homem tem Direito ao Silêncio<div align="justify">Bem, o fato é que enrolei muito para escrever esse texto, que já estava em minha cabeça havia mais ou menos uma semana, semana e meia, desde que eu li o texto "Toda Mulher tem o Direito de Surtar".</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Quando eu li tal texto, imediatamente me veio a reflexão "e os homens também não têm direito de surtar"? Ao passo que eu descobri, somente concordando com o que a autora do texto já tinha exposto, que não. Os homens não tem direito de surtar.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas, calma, cuecada. Ao passo que nossas mães, irmãs, amantes, esposas, namoradas, e afins, têm o direito mestre de surtar, nós temos, meus amigos, o direito ao silêncio.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">A princípio, meus caros, podemos até pensar que o silêncio pode ser uma arma vazia e pouco desestressante e destruidora, perto do surto feminino. Entretanto, nosso silêncio pouco tem de vazio. Nosso silêncio é forte, cheio de significado, e muitas vezes fala mais que a bomba atômica do surto.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>1- Nós não precisamos de escândalos.</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Depois daquele dia estressante no trabalho, em que chegou uma pilha de formulários, a tinta do carimbo acabou, a impressora quebrou, o computador pegou um vírus daqueles e a secretária veio com uma saia minúscula com o fim único de nos provocar e nos fazer perder a concentração, chegamos em casa só o lixo. Isso, meus amigos, o lixo; a melhor palavra que nos definiria.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">O púbico feminino assim, como nós, tem dias semelhantes. (Retire daí a parte da secretário, por favor). Entretanto, ao chegar em casa, elas iriam espernear, com todo o direito, e nos xingar, a tv, fazer as crianças (as pobres crianças) chorarem o escândalo decorrente do dia mal. Nós? Chegaríamos em casa calados. Jantaríamos calados. Brincaríamos com os meninos calados e, ao chegar na cama calados, com um de indiferença e "tudo bem", talvez, quem sabe, não ganhássemos o carinho que tanto esperamos receber o dia todo. Acordamos com um sorriso tímido no dia posterior e, o que é melhor, sem maiores estragos.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ponto para o silêncio.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>2 - O silêncio é matador.</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Fila de supermercado. Meia hora esperando pelo atendimento naquele que deveria ser o chamado "caixa rápido". Imagina aquele seu dia anterior, descrito acima, terminando nessa situação de agora: quando chega sua vez, depois da [mal]dita espera, chega um infeliz, e coloca as compras na sua frente. Oh, Deus.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Elas? Tocariam no ombro do pobre coitado e descarregariam o stress, dizendo impropérios contra a pessoa do infeliz e contra o maldito supermercado. Eles? Pegariam as compras do infeliz, as colocariam de volta no carro dele, e olhariam para cara dele, fechando os olhos, vagarosamente... ameaçadoramente... enquanto passa as suas compras, de direito, no caixa. Pronto, uma mensagem dada eficazmente.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><em>3 - Usando o silêncio para conseguir algo.</em></div><div align="justify"><em></em> </div><div align="justify">Para encerrar, já entendemos que a função do surto é basicamente desestressar e lavar a alma do público feminino. Já o silêncio masculino, além de servir ao desestresse, tem uma função educadora e, até mesmo, sedutora.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Porque tem dias em que você, meu amigo, está caladão. Caladão como está, influi uma aura inexplicável de poder. Com seu olhar firme e seu bico calado, vai à Roma. Indo Roma, consegue tudo que quer.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Um fenômeno inexplicável.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sexta-feira, estão todos eles no bar. Bebendo, contando suas história da semana. De repente, a morena passa. Todos, olham, todos comentam. Um deles, não. Está calado, sem contar muita coisa desde o começo da conversa. A morena tem amigas, não tão tais como ela. A mesa se junta, a conversa rola e ele lá, caladão. Ela olha, se intriga com o personagem. Para de prestar atenção as investidas dos outros, e o olha, o sonda. O que está por trás do silêncio, o que? Ela se aproxima e vai desvendar o silêncio.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Porque o silêncio, meus caros, as vezes vem cheio de significados.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong>ps.:</strong> às minhas caras leitoras, necessito dizer, que eu sou longe de ser machista e coisa e tal. Isso é somente uma brincadeira, que eu faço comigo e meus amigos, que vez por outra nos encontramos calados, na nossa, sem mesmo saber o que fazer. Explico que o silêncio dos tais não é sem razão, para todos(as) que queiram entender. Sei que tanto as mulheres também sabem ser significativamente silenciosas e os homens sabem ter seus dias de surto. Tudo como tem que acontecer.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-90480868359777257882010-05-09T12:21:00.000-07:002010-05-09T12:33:44.256-07:00Os Dias 2[Primeira Pessoa]<br /><br /><div align="justify">Já me disseram que eu não sei falar de mim, do que estou sentindo no momento. Eis um fato. Sou um bom contador de histórias, inclusive das minhas histórias, entretanto, as conto bem por já saber que as tais se situam no passado. Difícil é falar do presente; talvez, nem tanto, escrever acerca dele.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Existem três coisas que eu odeio:</div><div align="justify">1 - a frase "precisamos conversar", quando eu sei que eu sou um dos envolvidos no caso a ser discutido;</div><div align="justify">2 - que meu carro dê pau não por falta de prevenção;</div><div align="justify">3 - um final de semana perdido.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Por que isso? Porque na sexta eu ouvi que "precisamos conversar", no sábado meu carro deu pau e no domingo eu acordei de uma da tarde e só deu tempo de assistir um filme e escrever esse post.</div><div align="justify"></div><div align="justify">É ótimo começar uma semana assim: solteiro sem opção, com o carro na oficina e cansado como se não tivesse vivido um fim de semana.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Hey... tem alguém aqui?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mas, uma coisa eu sei. Um dia eu conheci um cara que começou a vida atual dele em um fim de seamna com os mesmos termos que eu estou agora: com tudo que ele odiava acontecendo.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Sua namorada o havia deixado, sua banda havia acabado, seu cachorro havia morrido e ele tinha sido despedido.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Como esse cara está agora? Muitobemobrigado.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Muito bem acompanhado, com um emprego que adora, de família nova (não só o cachorro) e esqueceu a música. (Apesar de continuar sendo um ótimo compositor).</div><div align="justify"> </div><div align="justify">E o que eu penso acerca disso?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Tem jeito. Tem alguém aqui sim.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-64022560867070124262010-05-03T14:44:00.000-07:002010-05-03T15:17:41.827-07:00Os 100<div align="justify">- Pergunta aí, vai!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ele parou e pensou. Ele, ao contrário dela, não fazia o estilo perguntadeiro. Pensou muito. Finalmente, perguntou:</div><div align="justify"> </div><div align="justify">- 100 anos de rotina ou 100 dias de aventura?</div><div align="justify"> </div><div align="justify">...</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Ela olhou com uma cara de quem não esperava aquele tipo de pergunta. Aquela pergunta. Mas, respondeu naturalmente, e até com uma estranha certeza:</div><div align="justify"> </div><div align="justify">- 100 dias de aventura!</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Um sorriso dele. Mal esperava, o homem, que ele viveria com ela 100 dias de aventura com carteiras esquecidas, carros quebrados, trilhas enlameadas, pingos de chuva <em>a la </em>balas de metralhadoras, boxeadores e pequenos selvagens subindo pelo seu dorso.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Mal esperava ele gostar de tudo isso.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-15082307995795275452010-04-05T12:36:00.000-07:002010-04-05T13:02:02.362-07:00CarioquinhaPequeno avião no azul refletido<br /><br />Você, carioquinha,<br />quando passa desatenta<br />deixa o mundo entretertido<br />com sua beleza fina.<br /><br />Você, carioquinha,<br />é mais do que beleza,<br />é jingado, é cultura,<br />maravilha e leveza.<br /><br />Você, carioquinha<br />leva a vida dos homens<br />novos velhos pobres ricos<br />bons, maus, manés e malandros.<br /><br />Por que tinha, justamente, que levar também a minha?<br /><br />Pequeno avião no azul refletido<br />que passa<br />e<br />vai.GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-55475509174304355412010-03-01T13:36:00.000-08:002010-03-01T14:46:13.809-08:00Que Demora<div style="text-align: justify;">Putz. Demorei, mas voltei.<br /><br />Eu tinha que escrever esse maldito texto, com esse maldito título; entretanto, não sabia nem por onde começar. É engraçado como uma cena do cotidiano, que estava a pouco esquecida e foi lembrada de lapso pode mudar essa situação constrangedora de você para com você mesmo. Bem, foi isso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Como Se Faz Um Verão</span><br /><br />Era uma tosse de cachorro feeeeeeia. Daquelas que você tem vergonha de aparecer em público com ela. O problema é que não tinha escolha; tinha que sair de casa. Um amigo de longe veio visitá-lo. Era uma em meio as tantas outras visitas que recebia: gente de longe, de perto, querendo curtir o verão com ele, disposto, animado, como nunca antes. É assim que se faz um verão, ou não é? Muita diversão com vários amigos. Mas, um verão também se faz de paixões.</div><div style="text-align: justify;"><br />Ele arriou. Arriou feeeeeeio e naquela sexta-feira a noite não ia sair de casa. Sequer pensou em tal. Mas, se lamentava "Putz! Tava bonzinho! Que merdis!" e todo aquele bla bla bla de homem doente. Não tinha explicação a tal doença: veio e ficou.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dizem que uma andorinha só não faz verão. Seu amigo não se importou muito com isso, e decidiu ir embora, cair na <i>night</i>. Mas, antes de ir, deixou para ele uma lição:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Ei, véi"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Fala, puto"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Cê tá com saudade dela?"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ele ponderou. Foi lá e deu voltas e piruetas. Entretanto, não precisava de tanto para lembrar de uma moça que tinha embora fazia tão pouco tempo e de como seu coração se embruteceu e se fechou e como sua mente colocara um cadeado grande nesse assunto até ao Deus dará. Melhor não pensar, melhor não pensar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pensou.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"To, bixo, to. To também tentando negar para mim mesmo há alguns dias que não to, e achando que a vida segue assim normal e tal e que o futuro é brilhante, nos surpreende e nos surpreenderá. Prefiro assim: me ignorando a mim mesmo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Hé... tá bom"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O amigo não falou mais nada, se dirigiu a porta com sorriso malandro e sabedoria no coração. Mas, ele lembrou que tava doente, e teve que fazer uma última pergunta a seu amigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Ei, puto"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Fala"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Me diz aí: já ficasse doente de saudade?"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seu amigo entortou a boca, mantendo o mesmo sorriso malandro e deu sua última declaração antes de cair na noite.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Se eu já fiquei doente de saudade? Cara, eu já vomitei de saudade, em tempos que não nem lembrar"</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E nosso personagem descobriu que nossa mente nega, nosso espírito nos engana; mas o corpo, meus caros, esse nunca mente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto mais no verão.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-9220569248272607212010-01-16T22:05:00.000-08:002010-01-16T22:14:11.299-08:00Os Dias[Primeira pessoa]<div><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando acordei vi aquela pilha de cuecas para lavar e, claro, veio o desgosto. Minha irmã olha para mim e diz "Lave suas cuecas", "Amanhã eu lavo", respondi. Como toda aquela sua sabedoria de mulher criada para comandar a casa (e o mundo, diga-se de passagem) ela me falou "Você não sabe do amanhã". Sabedoria Salomânica, eu diria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A noite, quando estou voltando para casa, chove. Chove muito. No cruzamento da ladeira, um <b><i>gaiato</i><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"> enfia a cabeça do seu carro no meio da pista para, talvez, enxergar melhor, talvez se impor. Pé no freio, os quatro dentro do carro balançam, eu balanço, meu velho e forte Gurgel Carajás 84 balança também e nos danamos no meio-fio; para salvar a pele do </span><i>gaiato.</i></b></div><div style="text-align: justify;"><b><i><br /></i></b></div><div style="text-align: justify;">Eu posso não saber do amanhã, mas de uma coisa eu sei: lave suas cuecas enquanto você tem tempo, pois, praga de irmã é forte. Bem forte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">ps.: Se me perguntarem se eu tenho medo de morrer, eu respondo: Eu tenho medo é da bronca do meu velho amanhã. E Tenho dito.</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-43734594124762784662009-12-11T11:19:00.000-08:002009-12-11T11:31:05.885-08:00O Forte<div style="text-align: justify;">Ser humano ruim é assim. Agradece a Deus por não ser um daqueles meninos tetraplégicos que pintam com a boca, na mente, e no mesmo instinto e instante, pensa na selvageria com a menina com corpo de mulher. No último passeio usou um bequininho de matar velhotes. Vida dura e mundo injusto esse.<br /><br />Quanto mais se quer, mais seca se acha a bendita fonte. E a maldita nova safra que não chega para matar aquela velha vontade.<br /><br />Nem as meninas de sempre lhe aparecem para fazer alegria.<br />- Como vai, moço?<br />- Bem, moça.<br />- Sabes que estou noiva?<br />- Para infelicidade minha?<br />- ...<br />- Vida danada.<br /><br />Ele aguenta. Aguenta tudo. Até esses momentos de solidão e atordoamento.<br /></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-14349021066146352052009-11-23T10:29:00.000-08:002009-11-23T10:51:01.401-08:00Filosofia da MalandragemEu a encontrei na janela, aquele mesmo sorriso de sempre, sempre com uma boa conversa.<br /><br />- E aí, malandro?<br />- História é essa...<br />- Malandro sim.<br />- Para ser malandro, tem que passar pelos cinco pontos do malandro, e eu no máximo atento pra dois...<br />- E tem lei pra malandragem, é?<br />- Não para malandragem, mas o malandro se denuncia em alguns pontos.<br />- Tipo? Exemplifique com base em você mesmo.<br />- Em mim? Mas eu não sou malandro... (Ponto 1: Um malandro sempre nega que é malandro)<br />- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk<br />- Mas, se você prefere que eu seja malandro... (Ponto 2: Ele sempre tem segundas intenções)<br />- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk<br />- Tudo, claro, na amizade... (A desculpa da amizade pode fazer você escapar de qualquer situação constrangedora, desde esquecer o dinheiro da conta, a não adquirir relacionamentos sérios: ponto 3)<br />- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Esse 3 é o melhor ponto! Só quem é PHD, hein?<br />- Você precisa conhecer um malandro (no caso, eu preciso), para saber que eu nunca conseguirei ser um porque o malandro tem aquele "quê". (Ponto 4: O malandro tem o "quê", só não peça para explicar o que é o "quê")<br />- Até porque você não é bom em autobiografias, né?<br />- Não, mas eu me dou bem com a vida real. Entretanto, se ela não der certo, a gente pode ir tomar uma cerveja? (Ponto 5: Você não pode negar o convite de um malandro). Sem segundas intenções, lógico.<br /><br />;.*GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-29437793013886497062009-11-05T12:04:00.000-08:002009-11-10T12:45:31.969-08:00Del Corazón<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://farm3.static.flickr.com/2693/4040078280_a05e7f65da_b.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 679px; height: 452px;" src="http://farm3.static.flickr.com/2693/4040078280_a05e7f65da_b.jpg" alt="" border="0" /></a>(Foto: Gustavo Gabriel)<br /><br /><div style="text-align: justify;">Quizá si hubiera dicho lo que se pasaba en mi pecho, pudiera tener algo diferente entre nosotros de lo que hay hoy. Pero las cosas no se pasan así. Cuando un decidi callarse, lo otro no sabrá lo que ocurriera nunca. Así seguirá la vida por el camino elegido por uno de dos.<br />Ese corazón que latió incesantemente no puede más latir como tal. No más, porque la vida debe seguir.<br />Obedezca, corazón, tu dueño! Yo te controlo! Tu estás en mis manos más que en mi pecho! La chance de controlarme y cambiar los destinos que tú tuviste ya pasó. Para tú, de luchar!<br />Dejame vivir el camino elegido; los asomos de felicidad que tengo al verla nada son que fantasmas del pasado. Fantasmas que me dejan nervioso e inquieto y rubro y...<br />Ellos hablan más que deben.<br />Yo hablo más que debo.<br />Callame, corazón.<br /><br />ps.: Gracias a Micaela por la fotografia<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_pYjyqe_C9FY/SvI4r2GkugI/AAAAAAAAAMY/3AnWzALJGTI/s1600-h/selinho+2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 157px; height: 197px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_pYjyqe_C9FY/SvI4r2GkugI/AAAAAAAAAMY/3AnWzALJGTI/s320/selinho+2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400441229079263746" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:arial;font-size:100%;" >PS:</span><span style="color: rgb(153, 153, 153);font-family:arial;" > <span style="color: rgb(102, 102, 102);">Ganhei esse selo especial da Mari</span></span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" > (moça sentimental que faz o <a href="http://coracaonobolso.blogspot.com/">Coração</a> pensar)</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" >, regras:</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);"> </span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);">1-</span> Postar o selo.<br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">2-</span> Linkar quem te ofereceu o selo.</span> <span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" >3- Indicar dez blogs que não saem da sua cabeça<br /><br />1. <a href="http://meupretextodiario.blogspot.com/">Meu Pretexo Diário</a><a href="http://bonequinhadeseda.blogspot.com/"></a><br />2.<a href="http://novo-sorriso-brilhante.blogspot.com/"> Palavras Insolúveis</a><br />3. <a href="http://bydebby.blogspot.com/">As Palavras tem Sabor</a><a href="http://doceseminicertezas.blogspot.com/"> </a><br />4. <a href="http://acrossalltheuniverse.blogspot.com/"><span style="text-decoration: underline;">Across The Universe</span></a><br />5.<span style="text-decoration: underline;"> <a href="http://marcusdutra.blogspot.com/">Sem Título</a></span></span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" >6. <a href="http://isobelfigue.blogspot.com/"><span style="text-decoration: underline;">Isobel Figue</span></a><br />7. </span><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" ><a href="http://vitor-17.blogspot.com/">Marreco Blog</a><br />8.<a href="http://sentimentosdeclarados.blogspot.com/"> </a><a href="http://incompletoesemtitulo.blogspot.com/">Incompleto e Sem Título</a><br />9. <a href="http://dezatino.blogspot.com/">Dez.atinos</a><br />10. <a href="http://r-and-om.blogspot.com/">Deu na Telha</a><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">4-</span> Avisá-los que receberam o selo.</span><br /><span style="color: rgb(102, 102, 102);font-family:arial;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);">5-</span> Listar dez coisas que não saem da sua cabeça:</span>.<br /><br />- Eu me formar;<br />- O Rio de Janeiro;<br />- Morena(s);<br />- O trabalho;<br />- O trompete;<br />- Ganhar grana;<br />- PES;<br />- Conseguir a carteira de motorista;<br />- Fotografia;<br />- Deus.<br /></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-15399931204881984192009-10-22T06:06:00.000-07:002009-10-22T06:54:52.675-07:00O Fluxo<div style="text-align: justify;">07:20 da matina. Desperta; ou não. Mais nove minutos para dormir.<br />07:29 da matina. Desperta; pé no chão. Alongamentos, exercícios matinais, café da manhã rápido; simplesmente dormiu um pouco mais do que devia.<br /><br />Seu nome é Israel Müller e ele vai encontrar Babilônia.<br />Babilônia, ou Babi, é o tipo de mulher que ensina. Quando Israel chegou na cidade, foi ela que o ajudou. Babilônia é mais experiente, tem sempre algo pra dizer, alguém para mostrar, os olhos de uma velha e a curiosidade de uma criança. Babi ensinou Israel a beber, a tocar violão, a conhecer gente nova, a dirigir e a querer saber que ele a queria. Ela só não o ensinou a saber o que querer além dela; e foi nessa hora que Müller acordou: 07:20 da manhã, disposto a falar com Babilônia.<br /><br />Babi mora num canto alto, uma espécie de colina. Parece o lugar mais bonito do mundo, pois dá para observar toda a cidade de lá, inclusive o espetáculo de ver o sol descendo nos dois rios que cortam aquele lugar. Ali Babilônia descansava; uma luz vermelha na porta indicava que ela esperava Israel para o envolver novamente em seus braços e o ensinar um pouco mais da vida. Ali Israel chegou, olhou para Babilônia e disse:<br /><br />- Hoje eu não vou ficar.<br />- Vai embora sem chegar, meu garoto?<br />- Vou embora, porque meus pais me chamam.<br /><br />E Israel foi embora da cidade. Foi embora de Babilônia do mesmo jeito que chegou, sem razão e sem sentido.<br /><br />Chegou em casa de seus pais, encontrou a porta aberta. Seu pai e sua mãe esperando na sala.<br /><br />- Bem vindo à paz.<br /><br />Sentiu que recomeçar começa em casa.<br /></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-47992947724963654972009-09-27T11:47:00.000-07:002009-09-27T12:25:19.017-07:00Gustavo Gabriel 2.0<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCBlz1L4aWrCyNNkfkXzJWs51o_BpwCMaF7BRwV7xZbwfS2Nqneoni8yGIxdk1aT9-9ACUiq24vxOEgnudeC7p9YzjqfETbf1JZpAyvAxJBO9hFTc4pClnyV069chyphenhyphen7k2XSUEPnCTsVcs/s1600-h/IMG_6191.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCBlz1L4aWrCyNNkfkXzJWs51o_BpwCMaF7BRwV7xZbwfS2Nqneoni8yGIxdk1aT9-9ACUiq24vxOEgnudeC7p9YzjqfETbf1JZpAyvAxJBO9hFTc4pClnyV069chyphenhyphen7k2XSUEPnCTsVcs/s320/IMG_6191.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386226181873297922" /></a><div><br /></div>" - Careca? Por que careca?<div> - Já ouviu falar que a gente nasce nu, careca e sem dente?</div><div> - Claro que já! Então?!</div><div> - Nasci de novo, baby, nasci de novo..."</div><div><br /></div><div>Vamos ver se eu dou tiros certeiros nessa nova década.</div><div><br /></div><div><i><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">"Um novo tempo, apesar dos perigos"</span></i></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:medium;">Ivan Lins.</span></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-89910894630958268992009-09-22T12:38:00.000-07:002009-09-22T12:48:51.870-07:00Considerações [1]"Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça"<div style="text-align: right; "><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Glauber Rocha</span></i></div><div style="text-align: right; "><i><br /></i></div><div style="text-align: justify; ">Nem vou mentir para mim, nem para vocês. Ultimamente tenho tido uma enorme preguiça de escrever. Talvez isso se deva a minha atual vontade de escrever mais com a luz do que com a caneta (ou, diga-se de passagem, com o teclado).</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Então, bem que resolvi falar um pouco de mim, coisa até fácil de fazer; entretanto, vou fazer isso contando uma pequena história que tratará do meu contato com a fotografia.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">É bem difícil quando a gente se apaixona, pois se apaixonar de verdade as vezes ultrapassa o âmbito do relacionamento com a própria pessoa, e você pode acabar se aproximando até mesmo das coisas que aquele outro querido gosta.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">E foi assim.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: center; "><i>Eu e Ela, Nós e os Outros</i></div><div style="text-align: justify; "><i><br /></i></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Estávamos os dois na sala de estar. Ambiente mui amplo, que já fora remodelado várias vezes, pois nem sempre foi sala de estar. Foi salão de beleza. Um lugar que agora só guardava os fantasmas daquela época de casa cheia. E foi nesse lugar que eu realmente vi que me apaixonara.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Não só pela moça, mas por tudo que ela fazia.<br /></div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">- Vamo tirar uma foto.</div><div style="text-align: justify; ">- Foto? Agora?</div><div style="text-align: justify; ">- É, agora. Num pode, oxe?</div><div style="text-align: justify; ">- Pode...</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Tirei a pequena câmera digital de minha mãe da bolsa. Mais uma vez o brilho.<br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Ela mandou eu me posicionar assim, assado, para a gente ficar de um jeito de outro, para ter um resultado X na foto Y. Nunca pensei que uma simples foto de casal pudesse ser tão complicada de tirar.<br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>Mas não era isso.<br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> </span>O brilho dos seus olhos mostrava que ela estava fazendo algo que gostava. Gostava não, amava. Ela amava registrar os momentos com a luz; aquela era sua palavra de ordem ao congelamento do tempo.<br /></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre; "> Mas o tempo do seres humanos não se congela e tudo debaixo do sol se acaba. Restam as memórias</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">e o que com elas conseguimos guardar. A moça passou a ocupar outro lugar no meu coração, entretanto</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">deixara uma marca forte como a sua existência.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Alguns meses depois me via negociando com um amigo nos EUA para ele me trazer minha primeira<br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">câmera digital. Poucos meses adquiria minha primeira semi-profissional. Começava então um novo </span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">hobby que gradativamente se transformaria e se confundiria num estilo de vida: registre; não importa,</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">simplesmente registre.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Esses dias eu estava registrando, poucos dias depois continuarei registrando, e até onde minha<br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">ínfima existência for, continuarei.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>E quem sabe não acontece o inverso do começo dessa história: a paixão da fotografia me traga </span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">um amor de moça?</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Quem sabe. Quanto mais a gente registra a existência, mais pensa sobre ela, compreende e entende<br /></span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;">que de futuro, ninguém entende.</span></div><div style="text-align: justify; "><span class="Apple-style-span" style="white-space: pre;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Ninguém.<br /></span></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-42269202026447211122009-09-05T06:39:00.000-07:002009-09-05T09:39:04.338-07:00À Meu Amigo Marcos<div style="text-align: justify;"><i>Desde que acabou o Ensino Médio eu e meu amigo Marcos Negão temos nos encontrado pouco; porém, quando nos encontramos, é um momento gostoso em que podemos falar das últimas coisas que aconteceram e estão acontecendo em nossas vidas. Dedico esse texto a ele, que me fez pensar sobre os últimos anos da nossa vida.</i></div><div style="text-align: justify;"><b><i><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><br /></span></i></b></div><div style="text-align: justify;"><b>O Exemplo (ou Para Sempre)</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"> - Ela disse que me amava, encostada no meu peito, e disse que queria passar o resto da vida sentindo aquilo, comigo.</div><div style="text-align: justify;"> - Bem, amigo, e você?</div><div style="text-align: justify;"> - Eu também.</div><div style="text-align: justify;"> - Então você encontrou algo especial. É bom, não é? Deus quisesse que eu tivesse encontrado isso.</div><div style="text-align: justify;"> - Sabe, cara, quando a gente se encontra, costuma falar que demos certo no amor por causa do amor que nos foi dado pelas pessoas ao nosso redor. Principalmente pelas nossas famílias; acho que por isso a gente acredita tanto na família como exemplo.</div><div style="text-align: justify;"> - Mas claro, meu nêgo... o amor se conhece por exemplos.</div><div style="text-align: justify;"> - Hum?</div><div style="text-align: justify;"> - Assim, deixe-me explicar. Um belo dia eu achava que amava meu curso de faculdade, pois conseguia me manter estável, ter boas notas e parecer aos outros que eu era feliz com aquilo; até que eu o encontrei. Ele sim, amava aquilo; tinha olhos vivos quando falava de todo aquele conhecimento, de como podia ajudar o mundo, formar novas mentes pensantes, se enfiar naqueles livros que dariam traumatismo craniano se uma cabeça fosse atingida por eles. Foi aí, aí eu vi que eu não amava aquilo que faço.</div><div style="text-align: justify;"> - Serio? Você não ama?</div><div style="text-align: justify;"> - Não amo.</div><div style="text-align: justify;"> - E agora?</div><div style="text-align: justify;"> - Oras, meu caro. Acabo o que tenho que fazer e sigo em frente. Pois há alguma coisa que eu amo. E isso eu descobri do mesmo jeito, com exemplos. Mas a gente sabe que o amor se cultiva, se cresce e um dia pode se transformar (acho que nunca se acaba). Mas essa conversa fica próxima.</div><div style="text-align: justify;"> - Por quê?</div><div style="text-align: justify;"> - Bem, lá vem seu ônibus. Vai lá...</div><div style="text-align: justify;">Ele sobe e procura um assento próximo a janela, no fundo do ônibus. Fico esperando ele partir. Quando o ônibus está saindo, vejo-o atender o celular e penso ler em seus lábios a frase mais sublime da história da humanidade.</div><div style="text-align: justify;"> - Hey, amor. Eu te amo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Gustavo Gabriel</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-19427071035670095422009-08-25T07:46:00.000-07:002009-08-26T05:47:00.383-07:00Diário de um tímido [1]<div style="text-align: justify;">15/02/xxxx</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Bem, diário, como se começa um diário? Acho que só se começa diário quando realmente não tem mais ninguém para se contar o que lhe agonia; de duas uma: ou eu vou começar um diário, ou fechar esse agora mesmo e procurar alguém. Opção 1.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acho, diário, que eu posso falar com você como eu falo com qualquer um. E você sabe como eu falo. Não sabe? Bem, eu mexo muito as mãos e... bem, eu vou estar escrevendo? Ok... deixa essa parte pra lá. Ah! Eu conto histórias, das mais diversas. Eu bem que poderia contar uma minha, não é? Acho que a que me agonia cairia bem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É porque ela chegou e eu travei.</div><div style="text-align: justify;">(O que você esperava? Afinal, é o diário de um tímido...)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tipo, a gente conversa e tal, e a gente conversa bem e tudos mais! Putz! Ela é demais! Ela gosta de tudo que eu gosto: temumputajeitocomartesdiversasadoraventurasevesteparecidocomigoescutaoqueeuescutoeblablablabla.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cansei de falar dela.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ah! Ela é linda, diário! Linda!!! Não o tipo de linda que se encontra por aí e... e... e...</div><div style="text-align: justify;">é. Já estou falando sobre ela de novo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Normal. Ultimamente tenho pensado muito nela, e até penso em chamá-la pra sair.</div><div style="text-align: justify;">Acho que vou chamar... acho...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bem, eu ia contar uma história.</div><div style="text-align: justify;">Deixa pra depois.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É só que...</div><div style="text-align: justify;">quando eu cheguei perto dela eu travei de verdade, de dizer a verdade do que sinto, mas parece que outro eu a disse que ela estava radiante naquele dia e aproveitando a sala vazia no trabalho, quis mostrar pra ela porque aquele era o melhor emprego do mundo: tranquei a porta e começamos a dançar ao som de Doors.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">(Minha sorte era que a chefe tinha ido embora, porque se eu fosse pego...)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E ela ainda veio me dizer que não conhecia um louco como eu! Ai, Deus!</div><div style="text-align: justify;">Louco e covarde não encaixam! Não encaixam!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como eu falo pra ela, como eu falo pra ela?"</div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-67750296342451080792009-07-16T21:12:00.000-07:002009-07-16T21:13:36.070-07:00Todo Tempo do Mundo<span class="Apple-style-span" style=" ;font-family:'Times New Roman';"><div style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; padding-top: 3px; padding-right: 3px; padding-bottom: 3px; padding-left: 3px; width: auto; font: normal normal normal 100%/normal Georgia, serif; text-align: left; "><div style="text-align: justify; ">Não sabia fazer feliz a longo prazo. E essa era sua sina.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Quando lhe falou suas estórias, e quantas o deixaram, ela não lhe falou nada. Olhou nos seus olhos, como quem o descobria, lhe abraçou e disse "Tudo bem"; e se beijaram naquela saleta com cheiro de infância.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Ele nunca queria entender o que estava acontecendo. Vivia sempre no instantâneo, para si, e de ajudar os outros a recordar; de câmera na mão, registrava tudo dos outros, e nada de si. Pois era instantâneo. Suas histórias não se perdiam em livros escritos para a posteridade; mas se aqueciam nos ouvidos de quem queria ouví-las. E ela queria. E ele contava, com seu jeito de garoto malandro que não negava que era tal.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Ela queria tudo e adorava todos os momentos, como quem sempre guarda uma lembrança. Era o motivo da fotografia, a modelo, a paisagem. Também pudera: era um mulherão digna de ser registrada. Já ia bem com seus vinte e poucos; não tinha tudo na vida, mas tinha sorriso de quem pode conseguir tudo. Era assim, daquelas que adoram não demonstrar seu stress, olheiras e noites mal durmidas, mostrando sempre um sorriso na cara; pra ele.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Se conheceram para lá de lá e foram aqui os dias de expedientes mal cumpridos no trabalho dele, risos bestas dela e histórias que não acabavam mais dos dois.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Então, ela pegou o avião sem avisar.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">E ele ficou a tirar fotos do céu, como quem quer registrar uma eternidade.</div></div></span>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7791695637993329059.post-58648891717407485362009-07-08T12:24:00.000-07:002009-07-08T13:43:15.902-07:00Prólogo (Todo Tempo do Mundo*)<div style="text-align: justify;">Caminhando por uma cidade que não era a sua, se viu como um homem que não era ele, com hábitos e jeitos que não eram seus e com uma fala estranha. Olhou-se bem no espelho, sentiu a vertigem de ter que se conhecer de novo e que talvez não houvesse tanto tempo para tal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Hahaha! Deixa de coisa, homem. Sabe o que você precisa? Dos braços de uma mulher para se acalmar - diziam seus irmãos, quase em coro, mesmo sem combinarem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atacou ferozmente seus velhos hobbies, com se quisesse conhecer um homem que já não conseguia encontrar, meteu com fotografia, música, corrida, papo solto; o resultado era um cansaço interminável e falta de tempo para tudo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Resolveu, então, pegar um ônibus e ir descansar em outras paragens, encontrar pessoas queridas que não via há tempos. Pensava consigo mesmo que ia ouvir as palavras que mais estava odiando nesse momento de sua vida: "Nossa, como você está mudado...".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao chegar na rodoviária de seu destino, encontrou a mulher que mais amara em sua vida, e que o descobriu como ninguém olhando em seus olhos. A criatura pequena se aproximou, cheia de malas na mão:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Quem é vivo sempre aparece, garotão! - ela o chamava assim, como se chama um de seus filhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Pois é... e quem está vivo, está sempre pronto para partir - disse apontando para as malas que ela tinha nas mãos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Ah, isso? - ela levanta as malas - Isso é porque eu decidi viajar com o "grandão". E justo para sua cidade!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- "Grandão"?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- É. É o nome que dei a ele - e apontou o homem que comprava passagens em um dos guichês ao fundo do cenário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Seu novo namorado?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Sim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estranhamente, aquela palavra afirmativa batera-lhe como um soco leve no seu queixo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- A vida segue - disse ele, dando aquele sorriso malandro próprio de si.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Pois é - respondeu aquele sorriso pequeno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O homem grande no fundo do cenário acena com a mão, indicando algo como "comprei as passagens" ou "o ônibus já vai sair". Então, ela balança sua pequena cabeça afirmativamente para ele e me dá um grande abraço, mais do que seus braços pareciam poder dar. Então, ela me olha nos olhos e segura meu rosto com suas mãos pequenas e diz:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Nossa, você não mudou nada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao falar isso, levanta suas malas e sai. Ele fica prostrado por alguns minutos, como se estivesse em choque. Então, sai correndo para o guichê de fundo de cenário, compra uma passagem e corre para algum ônibus que está prester a partir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um casal, de aparência desproporcional, um homem enorme de seus 1,90 e uma mulher pequena de 1,53, se amassa no fundo do ônibus. A presença de um homem na frente deles, empurrando sua poltrona para trás, os incomoda. A mulher, pacientemente, ao contrário do homem, vai resolver delicadamente a situação com o cidadão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Olá, você... você?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Eu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Você não tinha acabado de chegar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Sim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- E por que já vai voltar?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Porque já consegui o que queria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pequena olha intrigada para aquele garotão malandro sorrindo para ela e pergunta:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- E o que você veio buscar?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">- Eu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E encostou a cabeça para dormir como não dormia desde os tempos que parecia ter todo o tempo do mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;"><b>Gustavo Gabriel</b></div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Texto postado no ehcadacoisaqueacontece.blogspot.com</div><div style="text-align: right;"><b><br /></b></div><div style="text-align: right;"><b><br /></b></div>GABRIEL, gustavohttp://www.blogger.com/profile/15758584956441647726noreply@blogger.com6