sábado, 24 de janeiro de 2009

Hambre

Eu me sentia como uma mãe quando ia dar de comer ao seu filhinho. De repente, a criança não queria comer.
Agonia; eu, uma marinheira de primeira viagem, sem saber o que fazer, obrigava o pequeno a comer. Ele não queria.
Desisto? Não. Aí vão as estratégias, os diferentes pratos, os mimos, as manhas. Nada.
Ele precisa comer? Bem, teoricamente, sim; se quiser sustentar o organismo vivo. E nós não queremos que o tal morra.
O problema, meus caros, não é a comida, a pessoa que dá a comida, o preparo, e tudo mais. Constava-se que tudo estava bom, gostoso mesmo. Até a criança, em pequenas bocanhadas esparsas reconhecia em seus olhos o dito bom gosto.

O problema era só um:
vontade de comer.


"Eu não quero a faca e o queijo, eu quero é fome."
(Adélia Prado)

À todos aqueles que sentem essa fome.

5 comentários:

DÉBORA disse...

Ah, eu tenho fome!
=/
E isso está intrinsecamente ligado ao afeto, é fato. E tenho dito!

:*

Nathi disse...

Ultimamente tenho tido fome de Deus!

Muuuita fome!!

"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,porque serão fartos!" Bíblia Sagrada!

Yuri Padilha disse...

fome é o que dá sabor. sem dúvidas.

Ana Karenina disse...

Ah, sim. Ah, a fome... [Olhos sonhadores e suspiro]

Beijão.

marcus dutra disse...

Yeah.. fome..
Talvez a mãe devesse largar o moleque e fazer ele aprender a sentir fome. Melhor solução para ambos.

Sim, eu sou meio sem coração de vez em quando. Fazer o quê.