sexta-feira, 15 de maio de 2009

Filme Classe B

Pois é, minha cara, o que eu poderia dizer sobre os filmes Classe B? Primeiro, o óbvio: eles são ruins. Podem até ser feitos com boas intenções, mas...
Aí está o ponto. O que diferencia um filme classe B do outro é, nada mais nada mesmo que, tcharam, você. Sim, além da intenção do filme, importa a sua intenção ao assistí-lo. Sei que um filme classe B é ruim, mas conheço pessoas que adoram classe B, porque as fazem rir (e outros chorar) o que torna os filmes nobres. Chega-se a conclusão que, diferente dos filmes classe A, que importam diretores, atores, a produção bla bla bla, para os filmes classe B importa também a público.

Simples. A arte imita a vida e essa última a arte. Eu tenho uma vida classe B, e só Deus sabe quantas classes abaixo podem existir. Eu não tenho um futuro brilhante (posso ter tido e perdido numa curva dessas de caminho), não tenho "feeling" para as coisas, realmente não sou bom em nada, não tenho um orçamento exagerado, entretanto que serve a produção e posso ser feito com boas intenções, tendo até um bom [Deus] diretor. Mas, acredite(o): sou classe B.

Só que eu rio, moça, eu rio. Eu choro, moça, eu choro.
Porque importa a intenção de quem me assiste a cada manhã. Não a produção.

Por isso, sorria... sorria...

[em homenagem a Ms. Funny]

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lugares improváveis

Era uma daquelas épocas da nossa vida que podemos definir simplesmente como "merda". Havia perdido emprego, oportunidades de outros empregos, a grana "magicamente" estava sumindo, a mãe estava frustrada com o trabalho, o pai estava a beira de se lascar nos negócios e, para dar um toque final de frustração na coisa, a namorada dera um belo chute na bunda, épico mesmo, daqueles que se justificam por: "Por gostar tanto de você, creio que não podemos ficar juntos, pois lhe faria sofrer por atrazar sua vida no momento em que não estamos como deveríamos estar". Pasmém.

Cara de cú. De manhã, faculdade, aulas porres e tudo o que se tem direito na "Didática". Vem aquela boa e velha soneca na sala de aula, e foda-se o maldito seminário (pelo menos por hoje). Cara de cú². No banheiro, água no rosto, chuveiro, para acordar. E quando tudo parece que vai no mal, naquele improvável lugar, surge um cara misteriosamente e perguntar:

"Cê tá bem, cara?"
...
"To... valeu."
...
"Beleza..." E ele some.

E se você pergunta se isso pode mudar a vida de alguém. Sim, pode mudar.
Agora é a hora de sair do banheiro mais livre; alguém se importa e você sabe.

Nos lugares improváveis, coisas improváveis acontecem.
Deus sabe.