terça-feira, 30 de setembro de 2008

É ela.

(o final do texto)



Assim, com ponto final.
E eu nem tento mais pensar em outra coisa tão cedo.













Ella me encanta.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Dia

Amanhã, como dizem a tantos anos, é meu dia.
Oh. Nem eu tinha percebido a grandeza de tal expressão, e ao vê-la, posso até dizer que me acho (mesmo que só um pouco). Confesso, sinceramente, que tudo foi de cabeça para baixo, e que eu simplesmente adorei andar de ponta-a-cabeça. E agora que eu aprendi a plantar bananeira eu posso dizer, sou feliz demais.
Tenho 18 até às 23:59 horas do dia 26, sou mais velho do que pareço, mais jovem do que mereço, ando arqueado como um idoso e corro rápido e desengonçado como uma criança. Perdi o seio, mas não perdi o colo, não sou muito bom em nada, mas agrado na grande maioria. Sim, eu sei me definir.
Freud explica, Deus sempre soube, e a meus amados e amroes eu devo minha vida.

Nasci preso no umbilical, saltei sem paraquédas.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Quando ela voltar ou quando eu for embora

Eu esperava, inquieto, ansioso, pelo toque do celular no meu pé do ouvido: "Groovin", é a música. Era quando ela tocasse que a ansiedade ia acabar, e eu poderia pegar meus livros novamente, e pedir a Deus que toda aquela matéria entrasse em minha mente, aguardando sinceramente um bom resultado no último dia do mês. Entretanto, tudo isso minha mente sabia que era mentira, pois no fundo da minha (in)consciência eu sabia que a questão não era ela voltar (isso também me daria alegria), a questão era quando eu for, novamente, embora. E era a ansiedade que me matava. Já dizia o Mestre: "Basta amanhã o seu próprio mal". Eu acho, sinceramente, que a questão não é bem o mal, mas sim a "ansiosa solicitude da vida". É a ansiedade, a tal angústia que Freud explica, e é toda aquela questão de fases que passamos. Tudo isso se junta, e a ansiedade diz: "quando te vejo novamente?", quando aquele monte de planos se formam em nossa cabeça.
Bem, o telefone tocou: ela chegou. Se eu vou embora? Bem, amanhã eu descubro. Hoje, eu vou curtir; deixem os roteiros para quando estivermos vivendo as outras partes da peça, as outras fases.
Ela é minha irmã, e eu sou o indeciso.
Já dizia o sábio: "foda-se".
abraços e beijinhos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Música nada haver

Sincera

Eu queria simplesmente lhe dizer
o que realmente penso, quando penso em você
nos momentos mais impróprios
na rua, no trabalho, no curso pra concurso
que a classe média urbana faz
na tentativa de ficar mais bem de vida
e mesmo que meu dia
as vezes não pareça ter 24 horas
e eu não saiba o que é o produto do meu ócio
eu garanto que eu penso em você
até mesmo quando não posso
eu garanto que eu penso em você...

E até que minha vida não parece tão atribulada
eu só não sei falar inglês,
e tenho contas atrasadas
e quando meu dou conta
estou mergulhado em auto-piedade
e finjo auto-estima, e engano de verdade
mas eu sei, beibe, que além de mim,
você me conhece também
e sabe quando não estou muito bem

e cuida de mim nesse mundo tão daun
é sempre sincera, sempre legal
e mesmo que minhas rimas se mostrem clichês
eu escrevi uma canção nada haver só pra dizer:
que eu gosto mesmo de você.

Gustavo Gabriel


(breve audio ou vídeo ou qualquer material ouvível).

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre a sinceridade

Algumas pessoas têm uma bela tendência a ser bastante sinceras; se expressar de maneira franca tende a ser uma grande virtude no nosso mundo fingido e enrolão, em que as pessoas, por opção ou falta dela, preferem inventar "outras verdades" (uma maneira bonita de não dizer mentiras). Filho(a), confesso que eu mesmo, sem hipocrisia, tento, por vezes, fazer o mesmo. O que eu venho propor aqui é que nós, como pessoas, sejamos, cada vez mais, sinceros; e, em primeiro lugar, devemos começar por nós mesmos, pois, quem mente para si próprio, não pode garantir verdades ao seu próximo. Em segundo lugar, possamos ser sincero, mas claro, sem sermos insensíveis. Normalíssimo no mundo contemporâneo é você ter sido, ou provável que ainda será, machucado por aqueles ditos "sinceros demais". Bem, esses já estão a meio caminho certo (em minha singela opnião), só que não se pode parar por aí, pra não atrofiar o exercício de sinceridade diária. Se você quer ser sincero, aprenda a falar; não posso garantir que não existirão machucados aqui e ali, ou reações das mais adversas, mas a coisa anda bem melhor quando se está esclarecida.
Bem, porque o surto sobre a sinceridade? Cabe a mim agora ser sincero também. Lendo Por uma educação romântica, do grande Rubem Alves, eu estou aprendendo um pouco sobre sinceridade. Também estou aprendendo sobre outras virtudes, mas essa me chamou especial atenção. Peço que dia após dia, eu possa estar aprendendo a ser mais sincero comigo mesmo e com os outros, sem deixar de ser sensato. Assim poderei me tornar uma pessoa melhor.
Texto dedicado aos meus amigos sinceros.