Era o momento esperado.
- E aí?! Cabou a maldita aula?!
- Cabou, macho! Ramuembora!
E era a carrera, o sol quente e torando no centro das nossas cabeças. Mas a nossa ansiedade superava isso, a sede, o asfalto flamenjante.
Chegávamos em casa com um confiança extrema, e todos lá de casa já sabiam o que nós iríamos fazer: correr para a bola.
Sim! Era o jogo! Armávamos as chuteiras, vestiamos os uniformes apropriados (basicamente tirávamos a camisa, pelo calor do local) e eram as horas.
Mas se um dia eu me for embora, e forem comigo os hojes, os finais de manhã agitados, as conversas sobre mulher, as lamentações da semana frustrante, os jogos ficaram no coração, no nosso grande coração... vinte anos depois, tenho certeza que se estivermos vivos, e um dia olharmos um para a cara do outro, diremos para nós mesmos irmos embora à jogar.
Porque no final das contas nossas vidas foram feitas de jogos; e nós jogamos sempre para nos divertir.
A bola estava na mente, a bola era a mente e o que girava ao redor.
E vivam os novos jogadores.
Viva a nossa amizade.
7 comentários:
Viva!
Construímos algo menos vunerável ao tempo entre tantas coisas que apenas correm neste estranho rio.
Viva mi gran amigo;
Viva mi hermano!
E não podemos esquecer:
Viva Castolo! x D
O futebol une pessoas xD
Que homenagem bonitinha ^^
;*
Viva as peladas de rua!
Esse gtexto tras um ar tao bom!
De interior e infancia...
Gostei muito da forma como escreveu o texto.
Existe sempre a necessidade de momentos intensos, por mais simples que eles sejam, talvez desses momentos é que se formam as razões da nossa vida.
E viva os momentos únicos!
Vivam as peladas! E as amizades de dentro e fora do campo. Ou quadra. Ou terreno do vizinho.
Que coisa simples e BELA!
Parabéns..
A vida tem que ser divertidada como num jogo.
Se não for, será apenas passar dos dias.
"Vivam os jogadores!"
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