Nunca fui muito de fazer rascunhos para escrever meus textos. Me desagrada um pouco para minha idéia desse blog, desse novo-sorriso-brilhante que chega desavisadamente, o planejamento misterioso das coisas. Gosto de chegar, sentar na frente do PC e postar as coisas. Mas não nego de todo que há algum planejamento nos textos, mesmo que mínimo; assim como acordo pela manhã e sei que posso sorrir ao montes para meus amados.
O texto a seguir é de uma série dos rascunhados (mesmo que em Bloco de Notas). Daqueles que eu demorei para puxar da minha cabeça no intuito de querer saber o que eu realmente queria dizer.
Confesso que até esse prólogo é rascunho. Quem sabe sai algo bom.
Agradeço a Nathi [meupretextodiario.blogspot.com] que me fez pensar um pouco sobre [minha] paixão esses dias e as minhas paixões, novas ou velhas, que deram suas caras ao meu coração.
PARA LÁ DE LÁ, DE NOVO.
Acordei com aquela vontade tamanho do mundo de nada e aquela morgação típica de sexta-feira de manhã. Vontade de matar aula... o que, por sinal, fiz nos primeiros horários. Resumindo, era aquele dia para não sair de casa.
Há um mês não faço a barba. É quase um lembrete do que me ocorrera nos últimos tempos. A barba me lembra a falta de paixão com que ultimamente vinha vivendo; mesmo com todos os meus discursos otimistas sobre esse sentimento. Essa cara de velho garoto não ajudava a ninguém.
Era um começo de final de semana, um começo de feriado também, e duraria muito; eu iria viajar. Um verdadeiro combo para, talvez, espantar a tristeza de mês.
Mas a verdade verdadeira é que eu não quero sair de casa.
* * *
Éramos quatro; quatro companheiros, quatro amigos, quatro irmãos. Todos juntos naquele barco, sem a certeza se ele estava bom ou furado. E caminhamos juntos até o final. Era uma caminhada em uma busca simples de 2Ds: Deus e diversão.
Todos sabiam da minha situação, e eu da situação de todos eles.
Ao chegar ao destino da nossa viagem, confesso que meu coração se aquecia pouco a pouco; provável que do calor dos outros velhos conhecidos que se encontravam para passar o feriado com a gente naquele mesmo lugar em que estávamos. Ficaríamos alguns dias ali; a idéia demorou a me agradar; relutei mesmo em chegar, mas, no final das contas, me mostrei animado a tentar gostar de tudo, assim como os garotos, cada um a seu tempo.
Só que minha vontade ao pular, ao correr e a me estabanar correndo atrás da bola ou fazendo seja lá o que fosse era tão simples de saber e tão complicada de lidar. E eles sabiam, os meus companheiros; e me ajudavam.
* * *
De amor estava farto. Farto não em um sentido de que estava de saco cheio, mas sim de que estava bem nutrido. O que eu na verdade queria era um pouco de paixão e seu arrebatamento, que talvez todos nós conheçamos e já tenhamos experimentado em nossas vidas. Até vocês que lêem esse texto, não?
A vida sem amor é um saco; e não falo só do amor dos nossos amantes. Falo do amor do/ao Criador, dos nossos progenitores, dos nossos irmãos, amigos e inimigos. Igualmente a vida sem paixão. Paixão para comer, paixão para beijar, paixão para sonhar, paixão para fazer.
Não entro no mérito de uma ou outra para dar suas vantagens e desvantagens. Tenho fé que o amor é maior; entretanto, o que eu queria era paixão. Talvez porque meu amor não estivesse ainda completo, como estará um dia. Não me atrevo a discutir.
Só que a paixão é...
Bum.
Assim, do nada. E eu estava apaixonado. E não ia durar muito, seria avassalador, iria me tirar o sono. Mas eu estava apaixonado, e estava feliz. Quem poderia tirar o mérito disso?
Eles, os amados companheiros, sabiam que eu estava apaixonado, eles souberam antes de mim. E essa reflexão de cima, do auto-conhecimento da minha paixão, foi posterior ao momento. Gosto de saber disso. Prefiro saber que tive conhecimento da minha paixão depois... bem depois...
Só que a paixão por vezes não há como se sustentar. Mas cumpre seu papel, seja ele qual for. Quanto a mim, era me fazer novamente abraçar meu novo-sorriso-brilhante; tornando-o atraente novamente.
* * *
Estou chegando do final desse meu texto que eu, sinceramente, não sei lhes dizer o gênero e muito menos a moral ou a reflexão. Há muito parei de saber essas coisas.
Quero me despedir e dizer que agradeço a paixão por existir novamente em meu ser.
Dia-a-dia, quero me apaixonar, e ser arrebatado.
Assim como dia-a-dia, quero aperfeiçoar meu amor.
Deus me ajude nessa caminhada.
FIM
(ou não)
Seria estranho falar dessa coisa toda e não dizer como era a tal paixão. Como eu não posso falar dessas coisas assim abertamente, afinal perder-se-ia toda a graça, faço a música que prometi. Mínima, porém, cheia do tal sentimento.
Paulista
Moça paulista de coração
Fale inglês para mim mais uma vez
Como se a gente não fosse mais se ver
E tudo virasse memória de uma canção.
E talvez você não sinta
Que é a hora da despedida...
Então você está certa
Em não me dizer Adeus.
FIM
10 comentários:
Lindo texto, Gu!
Mas é assim, as melhores obras-primas foram feitas com rascunho ^^
Amei as palavras,seu poeta!
=*
Meu filho...
esqueça as despedidas.
=D
(curta o beijinho feliz a mesa, como se nada tivesse acontecido)
Que bom que o senhor se encontra de volta a vida, "compañero".
Celebremos isso com o tradiconal futebol.
Até mais irmão.
A paixão...
Ah paixão!
O que seria da vida sem ela?
O amor é bom. Mas a paixão...
Ah paixão!
você soube expressar perfeitamente bem esse sentimento justamente por não saber o gênero, a moral ou a reflexão do que se dizia no texto. Por isso mesmo, achei perfeito e fiel à paixão.
Abraço amigo!
Heita... o blog é do bom...
te vi no Cartas Pueris e reslvvie entar...
muito bom... Parabéns...
Que coisa mais pura e forte.
Estar apaixonado com toda a sua essência é uma dádiva.
É felicidade intensa.
Beijos.
Estou passando pra agradecer o apoio!!
Muito obrigado.
... e dizer também que estou bem melhor, to me cuidando!
valeu
abraço!
Agora e minha vez de chama-lo de genio. Em sua sinceridade, complexa simplicidade. Tive momentos de prazerosa leitura. cativante leitura, isso sim.
Voce dessa vez conseguiu se superar e chegar ao coracao de sua leitora. Parabens.
Quanto a paixao, adoro, sinto a todo momento, pelo menino que passa, pelo livro que leio, os oculos da menina e principalmente, pelos meus sonhos e pensamentos.
O amor... procuro poder demonstra-lo e senti-lo de maneira certa.
O que dizer?
O que não dizer?
Sinceramente me senti honrada em ter uma mínima participação nessa sua atitude de escrever sobre o "tal" assunto.
Pois é, eu, como já sabe, não ando muito bem com meu coração, que não se arrebata a muuito tempo!
Mas fico feliz por você ter voado alto este feriado...Não só na emoção, como também na escrita.
=]
P.s:Tenta postar de novo para eu poder ler o que ficou falhado.
Ah, já ia me esquecendo, ela era sãopaulina?!
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